quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Moz day 6 - 1 de Setembro de 2010

Estava agendada reunião para as 09:30.
Encontrei-me com o meu colega Paulo para o pequeno almoço e ele disse-me: "Eh pá! a reunião foi cancelada e o Francisco disse para não sairmos do Hotel, com uma voz que indiciava gravidade. Terá acontecido alguma coisa?"

Pensámos que o facto de não sairmos do Hotel era porque se estava a tentar agendar reunião noutro possível cliente. Nada mais errado. Ao ligar a TV apareceram as notícias da manifestação contra o custo de vida (aumento da água e do pão) e dos desacatos. Não tardou a fazerem-se ouvir as metralhadoras e o tiroteio tornou-se generalizado na cidade.

Uma nova experiência de vida. Ficámos o dia todo no Hotel (de manhã no Hall e à tarde na esplanada) a acompanhar o evoluir da situação. Na parte da tarde as coisas acalmaram bastante mas à noite voltaram os tiroteios. Os empregados do Hotel regressaram a casa antes de anoitecer, por causa da greve dos "chapas" os táxis locais. Isto fez com que não houvesse jantar disponível. Apesar da situação, lá fomos sair por volta das 21:30 à procura de restaurante e encontrámos o único que estava a servir refeições a essa hora, o restaurante Acácia do Hotel Avenida. Deu para comer, entre outras coisas, uma canjinha, um frango á zambeziana e um pudim. Regressámos ainda ao som das rajadas de tiros mas chegámos bem á nossa Guest House, já tarde. Conversámos um pouco, eu e o Paulo e fomos dormir na expectativa de poder trabalhar amanhã. É que assim não se conseguem fazer negócios.

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