terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Natal

Achei curioso a permanente presença do livro de estreia de Khaled Hosseini, The Kite Runner ou em português "O menino de Cabul", no top de livros do USA Today. Liderou inclusive a tabela durante algumas semanas. Neste momento encontra-se à 188 semanas nesse top de livros.

Finalmente encontrei-o traduzido para português. Comprei-o no sábado e li-o hoje, dia de Natal. Aliás não fiz mais nada hoje que passar o dia em pijama a ler. Gostei muito. É sobre amizade e traição entre dois rapazes no Afeganistão.

Pena não haver ainda tradução do segundo - A Thousand Splendid Suns, também já à 30 semanas neste top e também considerado um Best Seller pelo The New York Times tal como primeiro. De seguida vou ler o Rio das Flores do Miguel Sousa Tavares.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Outra Perspectiva

Meus caros, totalmente recuperado da amigdalite faz já 3 semanas, li hoje o último romance do José Rodrigues dos Santos - "O Sétimo Selo", e, digo-vos: Depois de lerem, ficam seguramente com outra perspectiva das coisas e do mundo de uma forma geral.

O livro, uma vez que recorre a informação científica verdadeira, é alarmante em certo sentido, embora no final o mesmo explore mais a componente de romance que a componente alarmista do mundo em que vivemos e da proximidade do Apocalipse.

De qualquer forma recomendo vivamente a leitura deste livro tal como recomendo o anterior romance do José Rodrigues dos Santos - "A Fórmula de Deus".

São bastante distintos mas o conceito de romances baseados em factos científicos, funciona maravilhosamente para mim. Fico com grande vontade de ler os outros livros que o Zé escreveu.

Falando agora da minha vidinha, ando com uma dor nas costas difícil de passar. Depois da amigdalite veio esta coisa que me impede de me sentir em forma. Até fui jogar ténis no fim-de-semana passado o que foi muito agradável mas para além de não poder jogar o que consigo ainda piorei a dorzita no dorso.
São os efeitos dos quase 40 anos de despreocupação com a saúde, os comes e os bebes...

Enfim, há-de passar. Quero começar o ano como o anterior, e recomeçar a correr para umas boas provas de atletismo. A ver vamos como diz o cego!

domingo, 9 de dezembro de 2007

Pronto para outra

Já me sinto melhor!
Pronto para outra não será o melhor termo porque esta custou bastante. Mas estou pronto para o regresso ao trabalho, já amanhã.
A febre foi-se, as dores de garganta também e até as amígdalas estão quase no seu tamanho normal.
A inactividade destes dias deu para ler "A Ternura dos Lobos" de Stef Penney, o seu primeiro livro. Um romance de 510 páginas mas não de fácil leitura. Não é nada de especial mas deu para entreter.
E o ano está quase no fim.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Um desastre completo

Não, não esotu no Chimoio como esperava. Estou em casa em Portugal. Estranho? passo a descrever de forma resumida o que se passou após a colocação no blog das fotos da viagem ao Bilene.
Estávamos na noite de 3ª para 4ª feira, e acabei a entrada de blog sobre o Bilene. Tinha dores de garganta mas achei que não era nada de especial. Fui dormir. Acordei talvez 1 hora depois, alagado em suor e com febre. Tomei Ben-U-Ron e tentei dormir. Não consegui. Foi o resto da noite com dores no corpo, suores, tremores de frio, dores de garganta e mal estar generalizado.
Ainda assim, depois de tomar outro Ben-U-Ron e um Nimed, as dores amenizaram e a febre também.
Decidi ir à minha reunião as 09:00. À hora do almoço, a febre já estava de novo presente bem como as dores no corpo e garganta. Era já óbvio para mim que estava com amigdalite. Ainda assim, fui à reunião das 14:30 mas a meio da tarde já não aguentava mais e fui para o Hotel. Tomei um antobiótico para a amigdalite e não sai mais do quarto. Foram horas difíceis, lençois encharcados em suor, dores de garganta suficientemente fortes para nem conseguir engolir, vários Ben-U-Ron e Nimed. Conseguia dormir no máximo 10 minutos seguidos de cada vez.
Na 5ª feira de manhã, às 06:00 da manhã, não estava melhor e decidi ai ao médico. Escolhi uma clínica privada. Cheguei às 08:10. O médico, único na clínica estava atrasado. Chegou às 09:10.
Fui atendido e disse-lhe que estava com amigdalite, que tomei antibiótico mas que não estava a fazer efeito e pedi-lhe para me receitar uma injecção de penincilina. Ele concordou e disse que a podia tomar logo alí na clínica. Receitou Peninsulina Cristalina mais Clavamox (tomar de 6 em 6 horas) mais brufen (também de 6 em 6 horas). Pareceu-me boa ideia. Quando regressei à recepção disseram-me que não havia aquela penincilina. A senhora foi falar com o médico que escreveu uma alternativa (outro tipo de penincilina). Também não havia. Disseram-me para ir comprar a uma farmácia e regressar para levar a injecção.
A partir daqui foi muito mau. Eu já com a febre lá bem em cima, andei pela cidade toda à procura da coisa. Nem peninsilina cristalina nem a alternativa, que me informaram que já não se fabricava há bastante tempo. Corri mais de 10 farmácias, hospital central de maputo e clínicas privadas e nada. Não havia peninsilina na cidade. O meu motorista, homem com alguns conhecimentos na cidade, telefonou para um amigo que é médico no Hospital Militar de Maputo e lá fomos nós. Recebeu-nos e foi ver. Tinha penincilina mas o prazo de validade já tinha passado. Indicou-nos que deveria haver no Hospital Central mas que não dão a quem leva receitas de clínicas privadas.
Mais uns quantos contactos e os dólares começaram a rolar. Ainda equacionei viajar para a África do Sul mas os dólares fizeram o seu papel e lá apereceu a peninsulina. Eram já 14 horas. Regressei à clínica inicial para levar a injecção. Começou o diálogo com a enfermeira:
- Já levou uma injecção destas?
- sim
- Sabe qual é a dose?
- Não está na receita?
- Aqui diz 2 milhões
- Então é dois milhões
- Sabe dizer-me se é muscular ou intravenosa?
- Mas eu é que tenho que saber isso? Já não me lembro bem mas acho que é muscular. (eu sabia bem que era muscular mas nestas coisas é melhor estar 100% seguro). O médico que a receitou está aí dentro. Vá lá perguntar-lhe.
(Saiu)
Regressou sem nada dizer, preparou a injecção e toma lá disto. Saí da clínica com o frasquinho de penincilina no bolso, uma vez que tinham gastado para aí 20% do líquido.
Regressei ao Hotel. Resto da tarde a dormitar, transpirar e a dizer mal da vida.
Todas as dúvidas me assaltavam. Será que a penincilina estava dentro do prazo? Será que era mesmo aquele tipo de penincilina? E se eu não melhorar?
As melhoras tardavam e a decisão começou a ficar clara. Regressar o mais depressa possível a Lisboa. Telefonei para o escritório e pedi para mudarem o voo para 6ª de manhã.
Não dormi nada nesta noite de 5ª para 6ª e na 6ª de madrugada já estava no aeroporto. Foi fazer a viagem directamente para o Cuf Descobertas.
No Cuf Descobertas, chegou a confirmação. Após contar a história confirmaram que a penincilina que recebi não era a adequada. Teria que levar logo ali outra injecção.
Esta noite já dormi 2 horas seguidas mais outras duas horas seguidas. Estou feliz pela decisão de regressar. Foram dias difíceis de passar e não sei o que teria acontecido se tivesse por lá ficado. Espero agora ficar bom rapidamente.

Acho que não regresso a Moçambique sem levar comigo penincilina. Aprendi uma lição nesta 8ª viagem ao continente africano onde felizmente nunca tinha tido nenhum problema de saúde.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Bilene

Vamos lá ver se consigo aqui colocar as fotos da viagem de Domingo ao Bilene.
Antes de mais foi o pequeno almoço na piscina. Não resisto a colocar mais duas fotos da piscina do Hotel.

Aqui fica a segunda

O caminho foi fantástico, boa estrada, paisagem de savana africana mas mais verde, várias localidades engraçadas e alguns vendedores de fruta, artesanato, caju, etc.. à beira da estrada.

Aqui vos deixo o mapa da zona do Bilene, águas calmas, transparentes e calientes

Agora com mais detalhe ...

Chegado ao Bilene, fui ao Lodge Praia do Sol, para almoçar e depois fazer um pouco de praia. Aqui fica uma primeira imagem deste lodge que por ser destinado ao mercado turístico Sul-Africano, não gostei muito.

Mais uma foto deste Lodge, agora a piscina para as crianças

A vista da praia a partir do lodge

Mais uma vista a partir do lodge para as águas calmas, quentes e transparentes

Ápós descer umas pequenas escadas de madeira, estamos na praia com a qualidade de águas que se vê nesta foto.

A areia é branca, limpa e muito fina.

Já no regresso, mais um por do sol em África, desta vez na costa do índico

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Com pouco tempo

Ao regressar do Bilene, a 180km de Maputo mas que, com a qualdiade das estradas, consegui fazê-los em pouco mais de hora e meia, e digo consegui porque fui eu que levei e trouxe o carro, foi sopas e descanso.
Nem tempo hove, ainda, para aqui colocar as fotos que tirei quer a caminho do Bilene quer no sítio himself.

É que ontem, 2ª feira, começou o trabalho e acabou o passei. Vamos ver se durante esta semana ainda consigo aqui colocar as fotos deste passeio.

Se não o fizer durante a semana, de uma coisa tenho a certeza, também não o farei no próximo fim-de-semana.

Na 6º de manhã voo para o interior norte de Moçambique para uma reunião à tarde na organização Vanduzi. Ficarei para o fim-de-semana, em zona a 1.000 km de Maputo, já muito perto das fronteiras com o Zimbabue e o Malawi. Vai ser uma experiência de vida, viver 2 dias no meio do mato, com os locais, verificar como vivem, o que fazem, como pensam e obervar as inigualáveis paisagens africanas.

A ter muito cuidado, águas e mosquitada por causa da cólera, desinteria e malária entre outras desgraças.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Eis algumas fotos

Amanhã haverá mais. Tive que fazer o download e instalar um produto para fazer shrink das imagens. Eram de 8 Mega pixels. Apesar de serem 3 e meia da manhã, estar a bater a pestana e ter que me levantar cedo para ir ao Bilene, aqui ficam algumas fotos de hoje:

Pois que ao sair do avião se vai a pé até ao edifício.

A cidade é quase toda de avenidas largas, com pouco trânsito e limpas. A verdura também é bastante nomeadamente acácias tornando-as muito bonitas

O meu motorista, o Dionísio, homem culto de 47 anos. Um porreiraço!

Apesar de os carros andarem depressa também se vende na rua como em Luanda. Este bonito exemplo de escapes para automóvel.
Até camas encontramos à venda!

A gasolina e três vezes mais cara que em Luanda. Não admira que não haja filas para encher o depósito.

Impressionante, os prédios estão todos em bom estado tornando a cidade bonita. Quase Europeia neste sentido.

Eis que cheguei ao Hotel. Tem bom aspecto.

A piscina então é verdadeiramente magnífica. O mar é mesmo ali!

Que chatice esta vista do meu quarto!

Olhei mais para a direita. Mas que chatice: Areia e mar!

Olhei agora para a esquerda. A terceira chatice!

Depois de uma voltinha após o magnífico almoço, a Catedral de Maputo com o Hotel Rovuma por trás.

Ao final da tarde levantou-se o vento e o pessoal do Kite aproveitou

Sim, além de centros comerciais, jardim botânico, parque dos namorados, existe um Casino. Dizem que o restaurante é muito bom

Ah! além de várias universidades privadas como a Católica, também existe a Escola Portuguesa

À noite tentei ir à dicoteca da moda na África Austral, o Coconuts. 200 meticais à entrada, muita gente e muita música de martelinhos. Não entrei e digo-vos no Café-Bar Gil Vicente tive a melhor Jam Sessiona da minha vida. Foi absolutamente Brutal

Pois é ... aqui há shoppings a sério

Mas na rua compramos tudo como tapetes ou artesanato

Mais artesanato

Estava a esquecer-me desta, o Hall de entrada do Hotel

Não podia faltar, perto da Catedral, na zona da baixa, o grande Marechal Samora Machel, primeiro presidente da República de Moçambique

Domingo de 35º e foi ver o moçambicano a rumar à praia. Era peixe e frando a grelhar de 5 em 5 metros e magotes de povo na praia.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Uau!

As expectativas com Maputo eram muito altas. No entanto, não fiquei desiludido.

Estou a gostar bastante. Largas e limpas avenidas, clima tropical, boa comida (e já agora relativamente barata!). Almoçei no Cristal por 10€ e estava excelente.

Praias lindas e paisagens fantásticas. E as acácias nas avenidas são fabulosass.

Quem gosta de Luanda seguramente fica apaixonado por Maputo.

O meu motorista diz que a noite é animada e segura. Fico para ver.

Sei que querem ver as fotos mas tem que ficar para mais tarde. Promisse!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Moçambique à vista

Faz mais de 1 mês que não escrevo nada. Não há nenhuma desculpa. Simplesmente não me apeteceu. Também não houve nada para contar. Casa trabalho e trabalho casa. Nem viagens nem jantares nem corridas. Mentira, houve uma má experiência. Um jantar no japonês "Estado Líquido" para não repetir. Não é pelo restaurante, é mesmo pelo peixe cru. Baah!

Em perspectiva uma viagem de trabalho a Moçambique que por causa de voos cheios me permite ir na próxima sexta-feira e regressar dia 10. São 6 dias de trabalho e 4 de lazer.

Espero tirar umas fotos engraçadas que depois mostro aqui.

A expectativa é grande. Tenho ouvido dizer o melhor de Moçambique. A ver vamos como dizia o cego!

domingo, 14 de outubro de 2007

De regresso aos treinos

Às 06:00 da mamhã acordei com dor de cabeça. Adormeci de novo e às 09:30, quando a minha filha me acordou em definitivo, a dor de cabeça tinha passado. Como já não corria à 21 dias, decidi ir treinar. É curioso este nosso corpo. Tal como se vai habituando ao sacrifício das corridas, o que permite aumentar progressivamente a distância e o tempo que se corre - o que aliás me permitiu fazer uma meia-maratona em Setembro - também se habitua a não fazer nada. Se entre Junho e Julho tinha estado 40 dias sem correr, agora foram 21, com muitas e boas refeições, nomeadamente em Luanda e com tabaco com fartura. Deu no entanto para fazer 5.100 metros em 28:02 o que já não foi mau. O importante foi recomeçar a treinar.

As inscrições para a corrida do tejo já esgotaram pelo que na próxima semana não participarei na corrida e tenho que ir treinar sózinho. Os 20km de Almeirim também estão fora de questão. Em 15 dias não consigo preparar-me para fazer 20 km. Tenho que definir novos objectivos e outras provas onde participar. Estamos a 7 semanas da meia-maratona dos descobrimentos, a realizar em Lisboa no dia 2 de Dezembro. É uma possibilidade atraente.

O Hugo continua sem fazer nada. Após a maluqueira de 16 de Setembro, em que fez a meia-maratona lesionado no joelho, está agora parado à espera da consulta com o ortopedista. E assim, espero ter força de vontade para continuar a treinar sózinho.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Fotos da Barra do Dande

Diminuindo a resolução das fotos já se consegue colocar mais. Deixo agora as fotos da Barra do Dande que faltavam.


A praia da Barra do Dande


Outra imagem da praia


Mais uma foto da praia, com divetimentos para os mais pequenos


A tradicional perícia da condução Angolana tinha que aparecer a caminho da Barra


Um magnífico embondeiro. Veja-se a largura do tronco comparando com a casa ao lado.


No caminho kilómetros de musseques a perder de vista.


Motos-táxis para quem tem pressa e não tem outra alternativa!


É para ali sim senhor!


Quem quiser dormir na praia da Barra do Dande, tem estas instalações à disposição.


A terminar mais uma foto da praia, com vista para as cómodas condições da mesma. É só esticar o braço e pedir as cervejas e o marisco.

domingo, 7 de outubro de 2007

Outra viagem

Terminei de ler "Alma de Viajante" de Filipe Morato Gomes. Ler livros de viagens é um pouco como estar lá.

Foi um dia de domingo de Outubro, calmo e tranquilo, dedicado à leitura. O livro não está mal, leva-nos por locais, paisagens e países ao longo do mundo.
Apesar de mais ilustrado, este "Alma de Viajante", gostei bastante mais dos livros do Gonçalo Cadilhe e até mesmo do livro "Viagens Sentimentais" de Tiago Salazar, no mesmo género mas com outra capacidade de nos envolver nos locais de visita ou passagem.

Comprei um livro sobre atletismo. Será o próximo, apesar de nunca mais ter corrido após a meia maratona de Portugal. As dores de cabeça regressam invariavelmente e sem motivo aparente.

Não quero terminar sem referir alguma mágoa por não ter provado o cacusso, peixe pequeno de rio que dizem ser muito saboroso e que se vende nos restaurantes improvisados à beira estrada, a caminho da Barra do Dande, em Angola. Fica para a próxima, apesar de não ser um especial aprecidor de peixe. Como se chama o Cacusso quando atinge a maioridade?

sábado, 6 de outubro de 2007

Isto não está bom

Já passaram uns dias desde a última entrada no blog. A verdade é que regressei de Luanda na 4ª feira, dia 3 e a vontade tem sido nenhuma. Ando com fortes dores de cabeça que aparecem e desaparecem da mesma forma, ou seja, sem motivo aparente, com uma frequência de 3 horas em média, mantendo-se às vezes durante mais de 1 hora.

Estou na dúvida se foi alguma coisa esquisita que apanhei em Angola. O facto é que isto me impede de fazer uma série de coisas que gosto, correr, ler, etc..

Ontem de manhã, já a ficar farto disto, fui ao Hospital. A médica até era sul-africana e falou comigo em Angolano, ya? Oscultou-me, mediu-me a tensão, verificou os olhos e disse que não aparentava ter nada de especial. Receitou-me ben-u-ron e mandou-me lá voltar dentro de 3 dias se não tivesse melhorado. Ora, pelo menos até agora, a coisa está na mesma. Tenho quase a certeza que é estômago. Vamos ver. Há-de melhorar.

Li o livro "Viagens Contra a Indiferença" do Dr. Fernando Nobre, médico fundador da AMI e, gostei. Mostra o quão magnífica e fascinante se pode tornar a vida de algumas pessoas verdadeiramente fora-de-série. É pena que neste livro "puxe tanto a brasa à sua sardinha" parecendo algumas vezes que o apoio humanitário se torna uma espécie de competição para ver quem chega primeiro. Se assim for acaba, no entanto, por reverter a favor de quem necessita desse apoio.

Li também "Tuaregue" de Alberto Vázquez-Figueroa e também gostei bastante. O final é irónico. Deixo aquilo que o livro conta de si:
"O nobre inmouchar Gacel Sayah, protagonista deste romance, é senhor absoluto de uma imensa extensão de deserto. Certo dia chegam ao seu acampamento dois fugitivos vindos do Norte, e o inmouchar acolhe-os, fiel às multi-seculares e sagradas leis da hospitalidade. No entanto, Gacel ignora que essas mesmas leis o arrastarão para uma aventura mortal…
Uma epopeia apaixonante que é, ao mesmo tempo, um autêntico hino a um dos povos mais singulares do mundo."

Comecei hoje a ler "Alma de Viajante" de Filipe Morato Gomes. Mais um livro sobre viagens à volta do mundo.

domingo, 30 de setembro de 2007

Barra do Dande - 2

O acesso à internet faz maravilhas. Enquanto eu e o Pedro trabalhávamos, o Pedro forneceu-me o cabo de ligação da máquina, eu fiz o download do driver e do software e já cá estão as fotos.

O problema é que estes blogs não são o ideal para colocar fotos. No entanto aqui ficam algumas que valem a pena.


No caminho encontramos sempre muita gente a vender o que pode.

Não vai dar mesmo para colocar muitas fotos. Espera-se uma eternidade para carregar cada uma delas.


Um magnífico Embondeiro. Sabem como se chama o fruto do Embondeiro? Eu digo, chama-se Mucua e dizem que gelado de múcua faz bem à ressaca.

Bom, deu erro aoo colocar mais fotos. Enfim, nem uma aqui fica da praia da Barra do Dande. Paciência.

Barra do Dande

Muito bom! Ontem fui à Barra do Dande. Apesar das pripécias para sair de Luanda: motorista atrasado; troca de carro demorada; após os primeiros 15 minutos de viagem tivémos que voltar atrás para ir buscar os papéis da viatura porque o motorista se tinha esquecido; etc... etc...

Conclusão, cheguei ao Aldeamento da Mulemba, onde o Pedro está hospedado, já passava das 12:00. E eu com vontade de sair às 09:30 de casa. Para se ter uma ideia, hoje peguei no carro, e já depois de ter ido comprar o jornal e ter tomado o pequeno almoço na pastelaria Nilo, decidi ir ter com o Pedro sem recurso ao motorista. Saí de casa às 10:50 e às 11:05 estava na Mulemba. 15 minutos. É verdade que apanhei pouco trânsito e até cheguei a andar a 100 km/hora na estrada de Cacuaco.

Continuando o relato do dia de ontem, foi chegar à Barra do Dande e encomendar o almoço - Lagosta e Gambas! para as 15:00. Olha, afinal não há marisco. Tem mesmo que ser um bife com molho de natas e cogumelos - para não variar muuito.

Um pouco de praia, entre as 14:00 e as 15:00, o Pedro ainda foi dar um mergulho e almoço de seguida. A praia é fantástica e muito mais perto que Cabo Ledo. Tirei mais de 100 fotografias, tanto na viagem como na Barra. A máquina fotográfica no entanto está a desconseguir fazer zoom. Quando aplico zoom, as fotos saiem como se tivesse apontado a um lenço branco. Está na hora de comprar outra, que é o que farei assim que chegar a Lisboa. Os 2,1 Megapixels começam a revelar-se muito insuficientes.

Após o almoço, às 16:30, decidimos regressar de imediato a Luanda. Estávamos com medo do trânsito e havia um Benfica-Sporting às 19:15. Parámos na Mulemba para o meu primeiro banho de água quente em 7 dias. Soube muito bem! De seguida fomos jantar ao Veneza que dá para isso e para ver o jogo. Um tornedó para dois, muito bom como sempre e, lá vimos aquele aborrecido 0-0. Após o jogo, foi ir para casa e dormir, que apesar de ser Sábado à noite, a condição não permitia outra coisa, após aquela noite de 6ª feira no Bay-Inn e no Chill-Out. Sabe muito bem acordar ao DOmingo às 07:30 com muitas horas de dormida em cima. O único senão foi os rapazes da obra ao lado terem também começado a essa hora a martelar paredes como quem quer acabar com o mundo.

Gostaria de ter ido a Benguela e ao Lobito. A decisão da Barra do Dande teve que ver com dois factos. 1) Havia festa no Sumbe, que fica a caminho de Benguela e toda a gente iria rumar para aí. A saída de Luanda rumo a sul deveria ter estado caótica. 2) Eu e o Pedro tínhamos que trabalhar no Domingo (hoje) e inclusivé reunir com o cliente mais para o final da tarde. Fica para outra visita a Angola. O Sumbe também é bonito - já vi fotografias lindas dessa cidade.

Agora estou na Mulemba onde o acesso à Net é bem razoável e me permite colocar esta entrada no blog. É hora de começar a trabalhar. Ah! as fotos estão na máquina fotográfica e não tenho cabo para as passar para o computador. Só consigo fazer isso com as fotos do telemóvel. Quando chegar a Lisboa irei aqui colocar algumas fotos da Barra do Dande.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Fim de Semana à Porta

Ontem o jantar foi na D. Elsa. O bife com pimenta estava como sempre. Inigualável. A demora nem por isso, apesar de ser noite de música ao vivo, tinha pouca gente e a comida chegou relativamente rápido.

Hoje de manhã mais uma reunião adiada. O senhor tinha-se esquecido que tinha uma consulta no médico meia-hora depois da hora marcada para a reunião. Enfim, mambos angolanos!

O trânsito apesar de ser 6ª feira continua o caos. É que à sexta-feira muitos já não trabalham. o impato é que os candongueiros não andam tão cheios... mas andam à mesma. Deve ser isso que justifica este trânsito.

Fui ao Hotel Presidente que está sem energia eléctrica até às 15:00. Pelo menos tinha um aviso sobre esta maca.

Aproveito para desejar os maiores sucessos à Susaninha na sua nova etapa em Barcelona.

Já agora deixo uma pergunta. Cabe na cabeça de alguém fazer um parque de estacionamento no meio da baía?

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Estado de espírito


Há sítios bonitos para ficar em Angola. O Pedro chegou e a coisa vai animar. Ele coitado vinha cansado pois não conseguiu dormir a noite toda, enquanto voava. Eu diria mesmo que ele desconseguiu!
Antes de irmos à NC encontrámo-nos no Aldeamento da Mulemba, na foto, perto do cliente. O sítio, a caminho do Cacuaco, é bem agradável, limpinho e com excelentes condições. Quase dava para passar umas boas férias de inverno.

O problema é a localização. Esta estrada para o Cacuaco, carece do estado de espírito que o candongueiro tanto clama no seu veículo: No Fear!