segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Ufa ... que actividade!

Tão focado estava nas corrida que me esqueci de falar no fim-de-semana que mal acabou!
Foi absolutamente fantástico.

Começou com janta dos quarentões na 6ª feira, embora dos 8 confirmados apareceram apenas 3 para essa janta. Eu, o ABC - Artur Barros Cunha e o Paulo (Preto) Rodrigues.
O Ricardo (pássaro) ainda apareceu para dizer boa noite, e basou, e o João Mora apareceu no fim da noite para servir de choffer do pessoal.

Sábado começou com uma dor de cabeça (porque terá sido?) e montar a cavalo (montei mais uma vez o sujo, depois do Salomão, Sajuba e Pegasus), continuou com golfe a tarde toda e acabou com jantar de aniversário da Patrícia Lopes e uma noite gira no Golden em Vila Franca de Xira.

Domingo, mais uma dor de cabeça (another one), Cristo-Rei de manhã e um excelente passeio de avionete após o almoço.
Foi um passeio diferente. Após descolar o Calisto disse: "O avião é teu!". A partir daí foi uma sequência de excelentes exercícios:
- Sobe para os 2.000 pés com ladeira de 15º e velocidade constante a 80;
- Mantém 1.500 pés e vai em direcção ás Berlengas;
- desce para os 800 (devagar por causa dos outros passageiros - lol) e faz uma paralela á pista - ateção á utilização do trim e cuidado com as gaivotas;
- Verifica se há aviões por perto (pode haver algum com avaria no rádio!);
- Faz aproximação à pista e mesmo antes de aterrar dá máximo de potência e levanta de novo;
- Agora dá cá o avião que eu vou aterrar; eheh

Foram 30 minutos de excelente aula prática. Não me portei nada mal (modéstias à parte claro) com excepção da aproximação à pista que, se fosse mesmo para aterrar, estava com excesso de velocidade. Mas que diabo ... isso parece uma constante na minha vida.

Fiquei com vontade de ir tirar o brevet ainda esta semana. Fica para Março de 2011. Curiosamente fiquei também com vontade de tirar a carta de moto e ... comprar uma.
Isso talvez seja para mais perto no calendário.

Após o magnífico voo, ainda houve tempo para ir às compras e receber amigos em casa para um jantar domingueiro fantástico. Fiz os meus famosos lombos de salmão com molho de mostarda e mel. Estavam (como sempre eheheh) deliciosos. E pronto lá foi mais um fim-de-semana. Ficam saudades das corridas, da equitação, do golfe, dos amigos e dos jantares. O trabalho está de volta!

Run again!

A diferença para a mensagem anterior é a pontuação final.
De facto regressei aos treinos. Após 47 dias voltei a correr.
Foi na 2ª feira passada, dia 20 de Setembro, e corri 6.140 metros em 34 minutos, a um ritmo miserável de 5:33 por km.

Entretanto inscrevi-me em 3 provas, a corrida do aeroporto dia 10 de outubro, a corrida do tejo dia 24 de outubro e a corrida do jamor dia 31 de outubro.
As distânicas são de 10km, 10km e 3km. Sim, na última vou com a minha princesa.

Os objectivos são:
Corrida do Aeroporto - menos de 55 minutos;
Corrida do tejo - menos de 51 minutos;
Corrida do Jamor - terminar - eheh ;-)

Hoje, 7 dias após o regresso, corri 10.040 mts (pensava que já não era capaz de correr 10 km) num tempo miserável de 56:01. Foi um miserável ritmo de 5:35 o km. Ainda assim, aproximou-se do objectivo da corrida do aeroporto dentro de 14 dias.

Mais dois ou três treinos e estou lá. Mais difícil será o objectivo da corrida do tejo mas com disciplina também lá chego. veremos!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Run again?

Já regressado e após alguns dias de trabalho, é hora de voltar a correr. Já não corro há 1 mês e 12 dias.

Inscrevi-me para as provas:
Corrida do Aeroporto (10km a 10 de Outubro às 10:10);
Corrida do Tejo (10km a 24 de Outubro às 10);
Corre Jamor (há uma de 9km mas inscrevi-me na de 3km porque vou com a minha pequenina - será a estreia dela! para ver se ganha o bichinho das provas populares).

Vontade não falta. Vamos ver se treino o suficiente. Já agora, pensei em passar um fim-de-semana fora e tenho tanta actividade que o próximo fim de semana disponível é a 4 de Dezembro :S

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Moz days 13 e 14

Escrevo numa 5ª feira de tarde, 9 de Setembro, fria e nebulosa, em Maputo, após uma tarde (do dia anterior) e manhã (de hoje) de intensa actividade.
Hoje, a par das novidades, trago muitas fotos.

Day 13 - 4ª feira, 8 de Setembro de 2010
Após a novidade de que não haveria reunião na parte da tarde na Rádio Moçambique (fora cancelada), decidi parar com a sequência de expectativas frustradas de reuniões e, acto contínuo, despi o fato e a gravata. Verifiquei o e-mail e vi que o trabalho poderia esperar. Vesti uns jeans e uma t-shirt e meti-me num táxi decidido a explorar as redondezas.
Tenho ouvido falar da cidade da Matola. Resolvi ir conhecer.

A decepção foi alguma, porque sendo cidade sempre pensei em Avenidas e prédios mais ou menos altos. Cheguei até a pensar que haveria uma avenida mais movimentada (o centro) com lojas, restaurantes e quiçá uma ou outra esplanada.
Às vezes esqueço que estou em África.
É uma cidade (porque tem muita gente) onde não avistei um único prédio. Ver mais que um andar apenas em algumas vivendas mais ricas. Apesar disso, demorei a chegar (devem ser uns 20km) por causa do trânsito, logo após a auto-estrada (sim, há auto-estrada com portagens e tudo).
Já o sol se queria retirar do horizonte para um descanso merecido, quando o meu estômago reclamou o seu quinhão. Parei num local, tipo centro comercial, mas á maneira Africana e entrei no MIMO's, muito famoso cá na banda (a par do Shoprite).

Pedi uns cogumelos com queijo por cima que não estavam maus mas, longe do que imaginava, quando o nome do prato invadiu o meu imaginário. Fica a imagem da merenda, acompanhada claro, por uma Laurentina Clara - premium claro está!

A cidade da Matola é extensa em território, uma vez que sem prédios, não há alternativa aos mais de 2 milhões de habitantes. Assim, tem várias zonas, cidade (propriamente dita), liberdade, 700 (por causa do nome do cinema), entre outros bairros.

São extensas zonas de casinhas ou cubatas, espalhadas sabe-se lá como, por uma imensidão de terra mas o mais perto possível das estradas. Nalguns casos essas estradas são apenas terra com grandes crateras (imagino como serão na época das chuvas) onde por duas vezes o motorista teve que voltar para trás porque não conseguia passar. Apenas os Jipes. Ainda assim existiam algumas que apesar de ser de terra, estavam até bem direitinhas.

A determinado momento, cansado de andar de carro e, querendo saborear o ambiente informal entre Moçambicanos, disse ao meu táxista (na foto em baixo), de nome Titus: "Páre aqui e vamos tomar uma cerveja".

Foi engraçado, andar nos subúrbios de Maputo, à noite, sem nenhum branco por perto. nem mesmo quando entrámos no café, designado "Centro Social da Frelimo" e pedi, duas cervejas, uma clara e uma negra, de pressão. Fui olhado pelos clientes da mesma forma como se olha para um saguí na Praça de Espanha, paguei, bebemos e saímos, de regresso ao táxi e a Maputo. A experiência estava vivida e foi agradável.

Day 14 - Quinta-feira, 9 de Setembro de 2010
Levantei-me às 7:30. Banho, barba e fato vestido. Pequeno-almoço tomado. Farto! (estou a ser irónico)

Apareceu o Aires, e seguimos para o Moza Bank. Um banco que explora essencialmente o Private Banking em Maputo. Reunião realizada com a Directora de RH e a Secretária do Presidente. Apresentei o Peoplenet 7 (que impressionou embora não tenha sido compreendido na totalidade). Claramente quem liderou a reunião por parte do cliente foi a secretária do presidente. A preocupação era essencialmente dar formação aos empregados (chefias) para chefiarem melhor. Eu entendo! Claro que fazemos - isso e muito mais, disse!
Após a reunião, que terminou às 10:30, fui informado de que não haveria mais reuniões no dia de hoje. Acto contínuo, telefonei ao Jaime (relembro: o melhor professor de Golfe de Moçambique e quiçá de toda a África - não é só a paciência de dizer a mesma coisa trezentas vezes, é a visão de lince do que não está correcto) e marquei: -aula de golfe daí a trinta minutos.
Decidi que não iria desperdiçar mais uma manhã à espera de que alguma cosia acontecesse. Trabalhar, seria na parte da tarde. Há e-mails para ler, responder, tratar e cadernos de encargos para analisar. Mas antes ... haverá uma aula de Golfe.
O caminho para o Golfe trouxe-me de novo, os arredores de Maputo. É difrente do centro da cidade onde passei a maior parte do tempo. Esgoto a céu aberto, casas de miséria, pessoas aos Magotes e até uma escola. Deixo as provas.




Foram duas horas a bater bolas. O levantar não está bem, as pernas estão demasiado abertas, não mexer a cabeça, fazer força apenas com as mãos, esquece a bola - o movimento é que é importante, força nos pulsos, não rodes para a esquerda no fim, não mexas a cabeça, os ombros é que rodam, ...... que paciência meu Deus! No fim, duas bolhas na mão direita, que rebentaram antes da aula acabar. Enfim ... quem está a aprender joga assim e magoa-se.
Deixo-vos ainda mais duas fotos, a entrada do complexo de golfe e o meu Caddy de hoje, o Custódio.


Não posso terminar sem deixar ainda duas fotos, uma com um jardim na vertical, cada vez mais uma tendência (mesmo mundial) e outra com um apelo constante (pergunto-me: quando são as eleições?)



Volto a escrever apenas em Lisboa.
Amanhã será o Day 15, 10 de Setembro de 2010. Terminarei de ler, no avião o livro do José Rodrigues dos Santos, Fúria Divina (dedicado às relações entre muculmanos e cristãos e á actuação da Al Qaeda). Faltam-me 100 páginas das 582 do livro.
No mesmo dia em que termina o Ramadão, um dia antes do aniversário do famoso 11 de Setembro, e eu já não estarei cá para as festas. Festas do fim do Ramadão, não do 11 de Setembro. É apenas coincidência poeque por aqui os Muçulmanos parecem-me excelentes pessoas com uma óptima relação connosco (os kafirun). Devem ser muito mais da corrente Sufi. Conseguem perceber a diferença entre os dias de hoje e aqueles em que o Alcorão foi escrito, não levando tudo à letra e tentando impor a totalidade da Sharia.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Moz day 12

Escrevo já na 4ª feira de manhã. Em Maputo continuam as manhãs nubladas, húmidas, frias de um inverno que teima em não acabar. As tardes têm sido ventosas, muito ventosas. Do Costa do Sol, restaurante na praia a cerca de 3 km de Maputo, vêm-se diversas velas de windsurf e muitas asas de kite surf. É um vento frio e cortante que levanta o muito e fino pó da cidade.
Prefiro o quente e húmido verão, mais tropical.

Ontem foi apenas mais um dia. Sem história. Levantar, banho e barba, fato e FACIM. Não sem antes ir tomar um café ao Hotel Polana que reabriu este fim-de-semana. Acompanhado do meu ex-colega Alexandre Mano, sempre ao telefone. Ficam duas fotos a testemunhar.


Foi o último dia da Feira e pude constantar que também em matéria de "último dia" deixámos por aqui uma herança. Neste último dia apareceram finalmente os moçambicanos, o povo. E também as crianças. Em baixo do lado direito está o Zézinho.

Acorreu em magotes. Foi de longe o dia com mais pessoas na FACIM. Salvou-se o dia, pela visita da Vice-Ministra da Saúde ao nosso stand, a pedido do Ministro. Talvez ainda consiga amanhã, último dia, uma apresentação ao Ministro. A ver vamos.

A contagem decrescente para a viagem de regresso já se iniciou. Ainda para mais agora que o Paulo já foi, e o Francisco está neste momento a voar para Lisboa. Eu ainda tenho hoje e amanhã (days 13 e 14). Sexta-feira, day 15, espero passá-lo dentro do voo para Lisboa e terminar de ler "Fúria Divina" do JRS.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Moz day 11

Não há muito para contar desta primeira segunda-feira de Setembro.

Levantei e, à hora combinada, estava pronto para a eventualidade de haver qualquer reunião comercial. Não houve!

Aproveitámos para, antes de ir almoçar, ir visitar o Hospital Central de Maputo e validar "in-loco" quais as possibilidades de instalar a nossa (da SIGA) oferta.

O almoço foi, pela primeira vez, o famoso camarão de Moçambique.
Fomos comê-lo ao melhor local para o fazer. O Costa do Sol.
Foi bom, e foi na companhia do Francisco Vieira e do Paulo Alves.
Após almoço foi FACIM o resto da tarde, jantar a correr no Cristal e aqui estou, no Hotel, a fazer companhia ao Paulo, Francisco e Aires que estão a trabalhar numa proposta para a m-Cel.

Visitei de novo o pavilhão do Botswana e da Tanzânia e pela primeira vez o pavilhão do Turismo de Moçambique. Lindo o pavilhão do Parque Nacional da Gorongosa.
A vontade de voltar a fazer um Safari em África intensificou-se de forma brutal. Por mim, ía já directo para a Tanzânia e seguia por aí abaixo, Malawi, Moçambique (interior), Zimbabwe, Botswana e Delta do Okawango, depois Namíbia até ao mar, onde o deserto acaba.
Fica a foto de um leão Moçambicano, da Gorongosa.


Falta contar que estou a ler o "Fúria Divina" do José Rodrigues dos Santos e que, apesar de ter pensado em levar o livro comigo, não o levei. E não é que o José Rodrigues dos Santos, himself, esteve a almoçar ao meu lado, com a mulher, no Costa do Sol?
Lá se foi o autógrafo do autor. Enfim... Por hoje nada mais há a dizer.

domingo, 5 de setembro de 2010

Moz day 10

Foi num Domingo de Sol que acordei. Em breve, o calor far-se-á sentir de forma inolvidável por estas terras.
O RFA foi jogar golfe. Logo pela manhã. Eu não acompanhei. Como já por aqui ouvi, "estamos juntos mas não misturados". Foi uma frase, que ouvi num contexto político, e que saiu engraçada para quem conhece um pouco de África.

Às 12:45, como combinado de véspera, lá estava eu na porta da Guest House Sundown, para me levarem ao Restaurante Serra da Estrela, e comer um famoso, ansiado e prometido Cozido à Portuguesa.
O Cozido estava de facto muito bom, acompanhado de um excelente tinto Sul-Africano, que são de excelente qualidade e a preços muitos bons. Os tintos portugueses perdem, sem margem para dúvidas, na comparação com os vinhos sul-africanos em relação qualidade/preço.
Ainda assim, o melhor nem foi a magnífica refeição.

O melhor, e esta é para ti, Hugo Santos (acho que terias adorado este almoço uma vez que aprecias a história portuguesa da altura da descolonização), foram as histórias de quem nos ofereceu o almoço. Esta admirável pessoa, privou quer com o falecido Samora Machel quer com o seu admirável pai, Manuel Machel de seu nome.

Deixo-vos apenas uma dessas histórias. Certo dia, Manuel Machel, amigo de longa data do famosíssimo e poderoso colono da família Capela, visitou a filha deste, de seu nome Florinda Capela. Tal como muitos brancos, após a independência de Moçambique, passavam as suas privações, onde o abacate substituía a carne e isto apenas nas melhoers famílias. Manuel Machel, ao ver as privações da família Capela e, em particular de Florinda Capela, mandou chamar seu filho Samora (O Presidente da Nação) e deu-lhe uma tal reprimenda, dizendo-lhe que era inadmissível que uma família amiga como aquela passasse estas privações, que Samora Machel mandou, a partir desse dia, entregar semanalmente um camião cheio de comida. Antes da entrega passava alguém, da casa da presidência, por casa de Dona Florinda Capela, a perguntar o que necessitava. Todas as semanas lá vinha um camião, directamente da casa da Presidência, com farinha, feijão, arrroz, batata, carne e o que demais fosse necessário.
E não, não pensem que Samora Machel era uma pessoa muito benevolente. Tal como qualquer líder Africano nesses tempos, para se chegar ao topo, havia que ter o seu carisma, traduzido numa grande dose de impiedade (para não lhe chamar outra coisa).

Esta história, que por mim contada perde, no mínimo, metade da piada do que contada por quem a vivenciou, traduz o respeito que na altura existia quer por relações de amizade (que nem uma revolução questionou) e o respeito por um pai (mesmo que se fosse um chefe da nação e se tivesse que "engolir" um colono contra o qual nos revoltámos). Este respeito e consideração, infelizmente parece hoje perdido, tendo eu a percepção de que a humanidade regrediu bastante nos últimos 50 anos.

Achei, tal como muitas outras histórias que ouvi, quer recentes (últimos anos) quer das décadas de sessenta, setenta e oitenta, esta história deliciosa. Saímos pessoas mais ricas depois de uma hora a ouvir histórias que a história não conta ... em nenhum livro.

Foi, a par do jantar no "Manjar dos Deuses", uma refeição maravilhosa.

Após este magnífico almoço, fomos para a FACIM, para um Domingo em que os visitantes eram quase exclusivamente turistas locais e quase inexistentes empresários ... também locais.

Aproveitei para visitar outros pavilhões e outros Stands. Gostei em particular da Tanzânia, Botswana e Kénia.
Um dia farei a viagem Dar Es Salam na Tanzânia até Windoek (na Namíbia) e depois o mar, onde o deserto Namibiano acaba.
Para mim, e para quem me conhece mais profundamente, sabe que a verdadeira vida está na savana Africana, junto dos big five e das tribos mais primitivas.

Deixo-vos com algumas imagens, nomeadamente com uma que traduz uma aposta do nosso país, que me deixa satisfeito porque sempre fui daqueles que opinou a favor deste conceito e que, era o de publicitar um Portugal, como o West Coast da Europa, aproveitando o balanço da Califórnia ser o West Coast dos EUA. Falta investir a sério em Segurança e Saúde.



Mas também aqui deixo os stands desses países que tanto me fazem vibrar










Se ainda não vos mostrei quem é o Paulo Alves, aqui fica uma foto de ambos, ao almoço, no Sábado no restaurante "Sagres", o pior de todos a que já fomos.


E já que estamos em matérias de apresentação, deixo-vos uma foto minha com o Engº Aires Ali Júnior


Esta, por mim tirada, ficou bem bonita, com o Engº Aires Ali Júnior e o Presidente Armando Guebuza:


Duas pessoas especiais (Padrinho do Aires Ali Junior e filho do mesmo):


Um exemplo de um sorriso Moçambicano:


e a terminar por hoje, deixo um exemplar da mulher Moçambicama:

sábado, 4 de setembro de 2010

Moz day 9 - Sábado ... working

E finalmente trabalhou-se com probabilidade de resultados práticos positivos.
Sim, hoje, num Sábado frio de Setembro, antes do calor começar a apertar por estas bandas e uma semana e um dia depois de ter chegado, consegui a primeira reunião com previsão de resultados positivos.
Foi levantar cedo, banho e barba, vestir fato e gravata e, após um pequeno almoço de morangos e papaia, seguir para uma frutuosa (nada tem que ver com a fruta do pequeno-almoço) reunião.
Quem sabe se não é um virar de página importante. Pode ser!

Hoje temos FACIM de novo. Vamos almoçar e esperar que possa a FACIM trazer algo de positivo. Amanhã, Domingo, haverá Cozido à Portuguesa no restaurante Serra da Estrela e FACIM, onde está prevista a visita do possível cliente BCI. Este mais um negócio que se pode concretizar.

Já para segunda-feira, as previsões são as piores. Consegui informações previligiadas de que poderá voltar a haver manifestações e distúrbios.
Estará a polícia preparada?
Como irá acabar?
Será que não conseguem antecipar o problema e evitá-lo antes de nascer?

A ver vamos!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Moz day 8 - Confusão instalada

Após dois dias de verdadeira acalmia no trânsito, com as ruas desertas, já está tudo normalizado na cidade de Maputo e, o trânsito é intenso bem como o movimento.
Saí para cambiar dólares e tomar café.
A cidade já vibra como antes. A confusão do trânsito já se instalou de novo.
Ainda bem.
Hoje vamos para a FACIM e tudo regressa ao normal.
E amanhã e Domingo também há FACIM que entretanto teve o seu encerramento adiado para dia 7- 3ª feira, que é feriado.
Vamos ver se o pessoal não faz todo ponte e a FACIM fica às moscas até dia 7.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Moz day 7 - continuação

A crise na periferia de Maputo continua.

E nós, eu e o Paulo, meu companheiro de aventura ficámos como se previa na esplanada do Hotel. Ao almoço ainda recebemos uma chamada a desafiarem-nos para uma visita aos distúrbios. Ir ver uns pneus a arder. A ideia parecia fantástica para ultrapassar o marasmo em que se tornou esta estadia. Agendámos para as 15:00.
No entanto, um pouco antes apareceu o Aires Ali Júnior, para quem não sabe, o filho do primeiro ministro (que está na China e Vietnam a fazer acordos). Veio visitar-nos, ver se estávamos bem e se precisávamos de alguma coisa e estivemos uma hora em amena cavaqueira.
O Aires perguntou se ontem à noite tinhamos ficado sem electricidade. Os arruaceiros que andam a provocar isto, derrubaram alguns postes de electricidade ontem à noite, na zona de residência do Aires e faltou a luz por aquelas bandas. Segundo o Aires, que estava mais perto da acção, as rajadas de metralhadora, sem luz, ficam .... assim como quem diz ... mais intensas. Aqui, onde estamos, diz o Aires, é o Paraíso. Ainda bem!

Eu e o Paulo bebemos um whisky para inveja do Aires, que como Muçulmano, em pleno Ramadão, não pode beber nem comer nada durante o dia.

Já não fomos visitar os distúrbios. Aproveitámos para assistir a mais uma chegada e saída do chefe (o Presidente da República), que reúne na sede nacional da Frelimo (edifício a 50 metros da nossa esplanada). Aproveitei eu para fazer uma insensatez, que foi começar a tirar fotos à comitiva. Fui desde logo avisado para não o fazer e ... pronto - lá se foram as fotos.

o Aires, entretanto fez-se à vida, não sem antes nos convidar para jantar em casa dele, caso na cidade se mantenha tudo fechado.
Nós continuamos aqui. Neste marasmo.

Apetece-me fazer uma profecia:
Não podemos confundir as coisas. O que aqui se passa é que a partir de uma manifestação, desde logo ilegal, um bando de miúdos arruaceiros aproveita para brincar aos cowboys, barricando estradas e incendiando viaturas e pneus.
Tudo isto se vai voltar contra os mais pobres que não podem ir trabalhar.
E prejudicam decisivamente o País, em plena feira internacional anual (FACIM) que assim se vê obrigada a estar fechada.
Se os mortos são até agora sete, isto pode definitivamente e de repente ficar complicado, se os pais destes miúdos, não os controlam e fecham em casa.
A autoridade do país não pode por muito mais tempo ser questionada desta forma e avizinha-se um banho de sangue.
A polícia não dormiu e vai no segundo dia de provocações.
Alguém vai perder a paciência e fazer um disparate ... e não vai demorar muito.
Digo eu que não percebo nada disto.

Moz day 7 - as férias forçadas

Afinal ainda não foi hoje que pudemos ir trabalhar!

Acordei bem disposto e, vesti fato e gravata, na esperança de que esse acto forçasse a realidade a render-se à minha vontade de trabalhar.

É que estar aqui de férias forçadas não tem piada nenhuma, pois os dias passam e os negócios não aparecem. Se pensarmos que ainda não tive nenhuma reunião com clientes e que amanhã é 6ª feira (cheguei na 6ª feira passada) e que na próxima 3ª feira é feriado (o que implica uma ponte e ninguém estará por aqui até 4ª feira), significa que apenas na próxima 4ª feira terei oportunidade de fazer alguma coisa. E na 6ª de manhã regresso a Portugal. Enfim ... 2 semanas em maputo para ter dois dias de trabalho em perspectiva. Ou será que vai acontecer algum maningue até lá?

Após ter vestido o fatinho e escolhido uma gravata linda, vi um sms do Hugo a alertar para a situação que se mantinha complicada. Não quis acreditar que isto não tinha melhorado.
Liguei a TV e confirmei que os acessos à cidade estavam bloqueados, tal como o acesso ao aeroporto e que a greve dos "chapas" continuava. Isto implica que não há trabalhadores na cidade (aquela massa trabalhadora que vem dos subúrbios e em particular da cidade da Matola). Sem trabalhadores está tudo fechado. Para se ter uma ideia, deambulámos pela cidade à procura de uma pastelaria aberta para tomar o pequeno almoço. Ao fim de muita pesquisa, lá encontrámos uma apstelaria indiana onde comemos um croissant ressequido e bebemos um "suposto" sumo de laranja de pacote.

Regressámos à Guest House, através de uma cidade despida de veículos motorizados e com enormes filas em algumas esquinas, de pessoas à espera de conseguir comprar pão. Parece uma cidade fantasma mas coágulos de pessoas em alguns locais. É uma visão estranha.
Queríamos chegar depressa e marcar posição sobre o almoço. Confirmaram que íam servir almoço mas que bife estava já esgotado. Parece que haverá um pouco de "galinha". veremos!

Está em perspectiva mais uma tarde de esplanada!

Moz day 6 - 1 de Setembro de 2010

Estava agendada reunião para as 09:30.
Encontrei-me com o meu colega Paulo para o pequeno almoço e ele disse-me: "Eh pá! a reunião foi cancelada e o Francisco disse para não sairmos do Hotel, com uma voz que indiciava gravidade. Terá acontecido alguma coisa?"

Pensámos que o facto de não sairmos do Hotel era porque se estava a tentar agendar reunião noutro possível cliente. Nada mais errado. Ao ligar a TV apareceram as notícias da manifestação contra o custo de vida (aumento da água e do pão) e dos desacatos. Não tardou a fazerem-se ouvir as metralhadoras e o tiroteio tornou-se generalizado na cidade.

Uma nova experiência de vida. Ficámos o dia todo no Hotel (de manhã no Hall e à tarde na esplanada) a acompanhar o evoluir da situação. Na parte da tarde as coisas acalmaram bastante mas à noite voltaram os tiroteios. Os empregados do Hotel regressaram a casa antes de anoitecer, por causa da greve dos "chapas" os táxis locais. Isto fez com que não houvesse jantar disponível. Apesar da situação, lá fomos sair por volta das 21:30 à procura de restaurante e encontrámos o único que estava a servir refeições a essa hora, o restaurante Acácia do Hotel Avenida. Deu para comer, entre outras coisas, uma canjinha, um frango á zambeziana e um pudim. Regressámos ainda ao som das rajadas de tiros mas chegámos bem á nossa Guest House, já tarde. Conversámos um pouco, eu e o Paulo e fomos dormir na expectativa de poder trabalhar amanhã. É que assim não se conseguem fazer negócios.