segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Yes we run!

A trigésima (30) corrida do tejo, realizada ontem, tinha como lema "We Run!"

Eu acordei com os músculos das costas doridos, devido a uma tarde de golfe na beloura, no dia anterior, com a minha amiga Paula.
Foram 18 buracos e até fui de buggy, mas os muitos ensaios antes de cada pancada fizeram-se sentir no dia seguinte. Do golfe nem vou falar tal o número de bolas que foram parar no meio das árvores.

Volto para a corrida do tejo. Não me canso de repetir que é a corrida mais bem organizada do país e, os 30 anos que já leva, notam-se na qualidade da organização.
Ontem foram mais 11.000 almas que se juntaram às 10:00 de um domingo soalheiro para mais uma corridita.

Nem me apetecia muito correr quando acordei mas, na linha de partida, o speaker de serviço animou a malta de tal forma que quase fiquei comovido antes do início da prova. Cantou-se o "Maria" dos Xutos e Pontapés, com ligeira alteração na letra. Não foram 10 horas de Lisboa a Bragança mas 10km de Algés a Oeiras.

Ali mesmo tomei a decisão. Quero lá saber do golfe da tarde, vou correr para o objectivo que tracei e se não me mexer mais hoje paciência.
O objectivo, que estava quase abandonado, porque ao ter ficado doente na semana anterior, não fiz um único treino entre a corrida do aeroporto e esta. Nem um único treino!
Dada a partida lá me lancei atrás do objectivo "Under 51 minutos".
Terminei com 51 minutos e um segundo. Falhei! Mas não faz mal. Dadas as condições, para mim foi uma vitória.
E o mais importante, repito sempre para mim, não é a corrida nem o resultado, são os treinos que é necessário fazer para se participar. O importante é o caminho e não a chegada.

A terminar, contar apenas uma situação que achei hilariante.
Eu, como milhares de outras pessoas deixámos os carros em Algés e a Meta estava em Oerias. O combóio de regresso era grátis para os corredores. No final da corrida, eu como outros milhares, fomos até á estação de Oeiras apanhar o comboio para Algés (passeio bastante bonito que eu nunca tinha feito). Estavam assim, milhares de pessoas na estação de Oeiras, todas vestidas de igual. O comboio partiu e não cabia mais nem uma pessoa.
Na paragem seguinte, Sto Amaro de Oeiras, a estação estava quase vazia. À espera do comboio, uma senhora, sexagenária, com aquela ar de quem vai dar um passeio tranquilo ao Domingo. Ao abrirem-se as portas do combio e ela entrar, em vez de um passeio tranquilo num comboio domingueiro e vazio, deu de caras com um veículo cheiinho de gente toda vestida de igual.
Foi quase como uma situação de apanhados. Twilight Zone pura. A senhora, meio atrapalhada e com uma cara de espanto, teve apenas uma reacção: - Desatou numa gargalhada incontida e nós não resistimos e rimos todos. Foi engraçado.

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